O deputado estadual Manuel Rocha, presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), lamentou nesta terça-feira (28) o assassinato de dois produtores rurais no Extremo Sul do estado, mortos por supostos indígenas em mais um episódio violento relacionado à disputa de terras na região. Para Rocha, o Governo do Estado precisa adotar providências para pacificar a região.
“É inadmissível que o estado continue assistindo passivamente à escalada da violência no campo. Há tempos estamos alertando para o clima de tensão e insegurança que domina o Extremo Sul da Bahia. As invasões de terra continuam acontecendo diante da omissão do Governo do Estado. Não dá para cruzar os braços diante dessa escalada da violência”, disse Manuel Rocha.
Segundo o parlamentar, o problema não afeta apenas os produtores, mas também impacta comunidades indígenas e trabalhadores rurais em geral. “O conflito já ceifou vidas dos dois lados. É uma situação gravíssima que precisa de uma solução urgente. Não se trata mais apenas de uma questão fundiária, mas de segurança pública, de direito à vida”, afirmou.
Rocha fez duras críticas à postura do Governo do Estado, que, segundo ele, tem se omitido diante da crise. “O Estado está falhando em mediar esses conflitos e em evitar que a disputa por terras se transforme em uma tragédia contínua. A omissão do governo petista fortalece o caos. A violência está crescendo, e o governo parece não se importar, infelizmente”, disparou.
O deputado ressaltou ainda os efeitos negativos da insegurança jurídica sobre a economia do estado. “Investidores fogem quando não há garantia de respeito à propriedade privada. Quem vai investir em um estado onde o direito à terra está em constante ameaça? A Bahia está perdendo competitividade e oportunidades de geração de emprego e renda por conta da instabilidade provocada por essa situação”, alertou.
Por fim, Manuel Rocha defendeu que o Governo do Estado tome providências urgentes para conter os conflitos e evitar que novas mortes aconteçam. “Se nada for feito, o que nos espera é uma escalada de violência ainda maior. A população rural está vivendo com medo. É hora de o Estado agir, com firmeza e equilíbrio, para garantir a paz no campo e preservar vidas”, concluiu.
_Foto: Ascom ALBA/ Agência ALBA_