Além de ser o maior São João da região, o Camaforró 2025 também é uma grande vitrine de oportunidades para quem vive do comércio informal. Os ambulantes cadastrados celebram as vendas, que garantem renda direta para centenas de famílias e aquece a economia local.
Neste ano, os ambulantes e foliões comemoraram a decoração do espaço, recheado de travessas com homenagens a figuras da cidade, como Dona Nildes, Bule-Bule, entre outros, que transformou o lugar dos vendedores em uma verdadeira cidade, deixando as barracas ainda mais atrativas para o público.
O espaço da Vila Maria Bonita também atraiu a população para as barracas. Angelita Santana, que vende caldos de sururu e aipim, aprovou a organização da festa. “Gostei da organização, com um espaço família e a movimentação ótima. Ano que vem estarei aqui novamente”, afirmou, empolgada.
Jonas Brasil, vendedor de licores também achou organizada a estrutura. “As vendas estão um sucesso. A estrutura que a prefeitura montou viabilizou muito o lado do comerciante, com bastante conforto e isso deixou atrativo”, comentou o comerciante, que já aproveitou para vender o seu produto. “Nosso diferencial é o licor vindo diretamente do Arraial do Quiabo, em Cachoeira, de excelente qualidade”, disse.
Pérola Silva e os seus pastéis também aprovaram a organização. Mesmo com a fila cheia, conseguiu falar sobre a experiência no Camaforró. “Nós fomos muito bem recepcionadas pela administração, não tenho do que reclamar. E o que mais vende aqui é o pastel de carne seca”, revelou.
Mais de 500 ambulantes foram cadastrados para o evento. A Secretaria de Serviços Públicos de Camaçari (Sesp) organizou a logística de cadastramento, distribuição dos espaços e estrutura de apoio. Para o titular da Sesp, Hindemburgo Teles, a organização foi pensada para dar dignidade e segurança aos trabalhadores. “Está sendo agradável para o público, como está sendo agradável para o ambulante, porque eles estão percebendo que a gente conseguiu fazer um link entre o consumidor e os ambulantes e barraqueiros”, explicou.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Adriana Marcele, o Camaforró é um grande impulsionador da economia popular e do empreendedorismo. “Temos trabalhado para apoiar e impulsionar essas iniciativas, garantindo infraestrutura, organização e incentivo para que esses empreendedores possam crescer e se fortalecer. Eles são protagonistas de uma economia criativa que movimenta nossa cidade, gera empregos e aquece o comércio”, avaliou.
Falando em criatividade, o que não faltou foram itens e estratégias criativas que chamaram atenção dos foliões. O licor de Jonas, de Arraial do Quiabo, oferece uma degustação para os clientes. “O nosso licor de milho verde é o nosso destaque e nós botamos variedades de sabores também para o cliente saborear o nosso licor e comprar”, explicou.
Já Angelita trouxe o famoso caldo de sururu e aipim para levantar os dançarinos. “Temos o nosso caldo que deixa o povo aceso para dançar a noite toda”, brincou. Pérola Brasil apostou no seu pastel e ganhou vários clientes. “O nosso pastel de carne seca é o que mais sai”, revelou.
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