O deputado estadual Robinson Almeida (PT) rebateu as declarações do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que acusou o governador Jerônimo Rodrigues (PT) de “negar a realidade” sobre a presença do crime organizado na Bahia. Em resposta, o parlamentar afirmou que o ex-prefeito deveria olhar para o próprio histórico e para as alianças políticas que construiu.
“Negar a realidade é negar a relação com o Rei do Lixo”, disparou Robinson, em referência ao escândalo que marcou gestões do União Brasil, alvo da operação Overclean, e às contradições do grupo político de ACM Neto. “Quem governou Salvador sem cuidar do social, sem construir uma creche municipal sequer, e que preferiu beneficiar empresários e aliados em vez de cuidar do povo, não tem autoridade para falar de segurança ou de combate à criminalidade”, criticou.
O petista destacou que o governo Jerônimo Rodrigues tem feito investimentos robustos e permanentes na segurança pública, com contratação de novos policiais, formação continuada, compra de viaturas e equipamentos modernos, além do uso de tecnologia e inteligência policial para o enfrentamento ao crime organizado.
“Jerônimo tem conduzido uma política de segurança responsável, com foco na proteção das pessoas e na valorização dos profissionais. A Bahia está ampliando o número de operações integradas, agindo com planejamento e resultados concretos”, afirmou o deputado.
Robinson Almeida ressaltou ainda que a estratégia do governo não se limita à repressão, mas inclui ações sociais e preventivas, com investimentos em escolas de tempo integral, esporte, cultura e políticas de inclusão da juventude. “Segurança também se faz com oportunidades e educação. O governador Jerônimo tem feito isso, enquanto ACM Neto, quando prefeito, virou as costas para o povo mais pobre e abandonou a infância soteropolitana”, reforçou.
Robinson aproveitou para defender a aprovação da PEC da Segurança Pública, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a instituição do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e o fortalecimento da articulação entre União, estados e municípios.
“O Brasil precisa de um sistema unificado e cooperativo para enfrentar o crime de forma coordenada. Essa PEC é essencial para o futuro da segurança pública”, declarou.
O deputado questionou ainda qual será a posição da bancada do União Brasil, partido do qual ACM Neto é vice-presidente, sobre a proposta. “O União Brasil tem atuado contra pautas de interesse público no Congresso. Será que, mais uma vez, vai se opor ao que interessa ao povo brasileiro, à Bahia e à segurança da população?”, questionou.
O deputado do PT lembrou que as principais facções criminosas do país nasceram e se fortaleceram em estados governados por aliados de ACM Neto, como São Paulo e Rio de Janeiro, e afirmou que a tentativa do ex-prefeito de transferir responsabilidades é uma forma de desviar o foco.
“Antes de atacar o governo da Bahia, Neto deveria cobrar seus aliados, onde o crime organizado se desenvolveu. Aqui, o governador Jerônimo trabalha com seriedade, investindo na segurança, na educação e na inclusão social, para transformar vidas e garantir um futuro melhor para o povo baiano”, concluiu o parlamentar.