Em vídeo divulgado nas redes sociais, nesta segunda-feira (3), o vereador de Salvador, Cezar Leite (PL), criticou duramente a nota da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) após a instituição classificar a megaoperação policial no Rio de Janeiro como "chacina".
O parlamentar baiano sugeriu que o documento "só pode ter sido escrita por um amante de traficante ou um drogado".
"Eu repudio veementemente a nota oficial da Universidade do Estado da Bahia, o UNEB. Uma nota asquerosa, nojenta, ideológica, só pode ter sido descrito por um amante de traficante ou um drogado. Tá em crise, não é possível. Colocando a operação do Rio de Janeiro como uma chacina", disparou o parlamentar.
Cezar Leite defendeu a legalidade e a execução da operação, alegando que ela foi "articulada e projetada pelo Estado.
"Uma operação que foi articulada, projetada pelo Estado, com liberação do judiciário, mais de 100 mandados de prisão. O vagabundo que não reagiu, ele foi preso, mas o que reagiu foi morto. Mais de 120 pessoas, criminosas, a maioria inclusive aqui da Bahia, de onde é a UNEB. Então essa nota é uma nota ideológica de amante de traficante, de quem adora drogas", disse.
O objetivo principal da ação conjunta era combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão nos complexos do Alemão e Penha. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, divulgou na noite deste domingo (02) o perfil de 115 dos 117 mortos na Operação Contenção, sem contar os quatro policiais mortos.
O levantamento aponta que mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o CV e que 54% não eram do Rio de Janeiro.
Confira na íntegra a Nota da UNEB
"O massacre no Rio de Janeiro evidencia padrões históricos de exclusão e violência que atravessam o país — padrão que reforça a necessidade de políticas públicas e sociais consistentes, baseadas na escuta e no protagonismo das comunidades.
A UNEB reafirma sua missão de produzir conhecimento comprometido com a proteção da vida, a redução das desigualdades históricas e a promoção de direitos civis, culturais e sociais".