O ministro da Casa Civil, Rui Costa, detalhou nesta quinta-feira (6) a agenda e a principal proposta do Governo Federal na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que está sendo realizada no Pará. O ponto central da atuação brasileira é a criação de um novo mecanismo global de financiamento ambiental.
O Brasil está propondo a criação de um Fundo Internacional de Florestas, com o objetivo de garantir recursos permanentes para a manutenção das áreas verdes em todo o planeta.
"O Brasil está propondo a criação de um fundo internacional de florestas para sempre. Nós queremos que o Brasil está liderando essa proposta, nós queremos aprová-la na COP," afirmou Rui Costa.
Justiça Climática e o Papel do Brasil
Para dar o exemplo e demonstrar o compromisso do país, o ministro anunciou o primeiro aporte financeiro do Brasil no Fundo proposto:
- Aporte Inicial: O Brasil já anunciou que está colocando um bilhão de dólares nesse fundo.
O cerne da proposta brasileira é a defesa de um princípio de justiça climática: que a manutenção das florestas seja um esforço e um custo compartilhado por toda a humanidade, e não apenas pelas nações que abrigam essas áreas.
"Já que as florestas são importantes para o planeta, não é justo que só quem contribua é quem está embaixo da floresta, o justo é que a humanidade toda possa contribuir para a manutenção dessas florestas," argumentou o ministro.
Sustentabilidade com Inclusão Social
O modelo defendido pelo Governo Lula associa a preservação ambiental à inclusão social. O fundo internacional deve financiar a manutenção das florestas ao garantir que as comunidades que vivem nelas – como povos tradicionais e agricultores – tenham a renda suficiente e as condições para mantê-las de pé.
"Essas florestas serão mantidas quando essas pessoas tiverem a renda suficiente e as comissões para mantê-las, é isso que o Brasil defende," resumiu Rui Costa.