Câmara de Salvador debate acesso a tecnologia para diabéticos e políticas para pessoas que gaguejam

Foto: Divulgação
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A 72ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador, realizada nesta segunda-feira (3), foi marcada por discursos voltados à inclusão e à saúde pública. Parlamentares e representantes da sociedade civil defenderam o fortalecimento de políticas para pessoas com diabetes e para quem convive com a gagueira — dois temas que dominaram o plenário sob um clima de empatia e mobilização.

Durante a Tribuna Popular, as integrantes da Associação de Pacientes Diabéticos da Bahia (APDB), Caroline Bulcão e Sabrina Soares, fizeram um apelo direto aos vereadores: ampliar o acesso aos sensores de monitoramento contínuo de glicose na rede pública de saúde. O equipamento, segundo elas, representa uma revolução na rotina de pacientes, especialmente crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 e 2.

Autor de uma das proposições, o vereador Orlando Palhinha (União) destacou que a luta é por qualidade de vida e prevenção. Ele anunciou ter solicitado uma audiência com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Alves, para discutir a viabilidade da medida, e pretende também levar o pleito ao Governo do Estado com o apoio da vereadora Marta Rodrigues (PT).

“Essa tecnologia permite evitar picos de glicose, reduzir complicações e dar mais segurança a quem convive com o diabetes”, afirmou Palhinha.

Na sequência, a pauta da inclusão ganhou força com a fala de Alessandra Martins, presidente da Associação Vozes Gagas, que defendeu a criação de políticas públicas permanentes para pessoas que gaguejam. Segundo ela, é fundamental que a sociedade entenda a gagueira não como uma deficiência, mas como uma forma legítima e diversa de comunicação.

A vereadora Marta Rodrigues reforçou o tema ao citar seu Projeto de Lei nº 269/2025, já aprovado pela Casa, que institui a Política Municipal de Atenção à Gagueira e à Pessoa que Gagueja. O texto prevê ações de conscientização, combate ao preconceito e inclusão no sistema de saúde, educação e trabalho.

“Garantir o direito de se expressar sem constrangimento é também uma forma de combater o bullying e o preconceito que ainda persistem”, destacou a parlamentar.

Ao final da sessão, um momento de pesar: o vereador Alexandre Aleluia (PL) pediu um minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos — dois civis e dois militares do BOPE — durante a operação contra o Comando Vermelho nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28).

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