O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), criticou a integração do transporte público com o metrô e a estrutura do contrato firmado pelo Estado. A declaração do chefe do executivo municipal aconteceu nesta quinta-feira (30), durante entrega de 39 novos ônibus climatizados para reforçar a frota do BRT e do sistema tradicional da cidade. Os veículos elétricos coloca Salvador como a segunda maior frota de ônibus elétricos do Brasil, superada apenas por São Paulo.

"É impressionante. Sabe quem mais reclama do transporte na cidade? Quem mora próximo ao metrô", afirmou Bruno Reis. Segundo ele, o contrato-programa firmado pelo governo estadual obriga os passageiros a utilizarem o metrô, impactando diretamente o sistema de ônibus da capital.

O prefeito também questionou a divisão da tarifa entre os modais.

"Cada passageiro que o ônibus transporta, 61% do valor da tarifa fica para o metrô", destacou. Além disso, segundo ele, o metrô recebe um subsídio elevado: "Em 2024, serão pagos R$ 800 milhões ao metrô. Se continuar assim, vai ser o metrô mais caro do mundo".

No evento, Bruno Reis também anunciou que a prefeitura está retomando linhas de ônibus que haviam sido extintas ou alteradas devido às exigências da integração.

"Contratamos um sistema, já identificamos o fluxo dos passageiros e, agora, pelo celular conseguimos monitorar onde o passageiro vai. Já estamos retornando as linhas", disse.

Ainda em tom crítico, o prefeito mencionou que algumas medidas foram questionadas judicialmente.

"Ao invés de procurar a prefeitura para resolver o problema, ficaram criticando a integração das linhas e provocando o Ministério Público a me processar", declarou. No entanto, ele se disse tranquilo sobre a questão:

"Tenho 25 anos de vida pública, mãos limpas, nunca tive denúncia. Mas, se tem um processo que eu tenho vontade de responder, é esse, para discutir a questão das linhas de ônibus em Salvador."

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