Durante o encontro empresarial Brasil-Alemanha, realizado nesta segunda-feira (16), em Salvador, o vice-presidente da Acelen, Marcelo Lyra, respondeu às críticas de parlamentares de esquerda sobre uma possível reestatização da Refinaria de Mataripe. A refinaria, localizada em São Francisco do Conde, foi privatizada em 2021 e, desde então, está sob o controle da Acelen, empresa do fundo árabe Mubadala. A transição de gestão foi alvo de críticas de setores políticos e sindicais, que apontam aumento nos preços dos combustíveis e perda de soberania sobre o refino nacional desde a venda do equipamento no governo do ex-presidente Jairo Bolsonaro (PL).

Segundo ele, o debate político não interfere na condução dos negócios, e a empresa segue focada em manter alto padrão de operação, segurança e competitividade.

“À medida que você faz investimentos nessa direção e garante esse padrão de qualidade da refinaria, a gente tem um ativo de valor para a Bahia e para o Brasil”, afirmou Lyra em entrevista ao Classe Política. Ele ressaltou que o papel da Acelen é assegurar que a operação da refinaria continue cada vez mais eficiente, limpa e moderna, independentemente do ambiente político.

O executivo ponderou que uma eventual mudança de controle seria uma decisão natural no mundo dos negócios, mas frisou que qualquer desdobramento deve priorizar o interesse do estado: “Se isso ocorrer, que seja o melhor para a Bahia. Se não ocorrer, que também seja o melhor para a Bahia. O importante é mantermos o nível de excelência que buscamos”.

Marcelo Lyra destacou ainda que, pelo segundo ano consecutivo, a Refinaria de Mataripe foi eleita uma das três melhores da América Latina. “É uma prova de que os investimentos e a estratégia adotada têm sido feitos na direção correta. Isso mostra que temos segurança jurídica para continuar investindo”, completou.

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